Houve um tempo em que os pais não precisavam se preocupar muito com as atividades digitais de seus filhos. Um único computador em um local central na casa era a única porta de entrada para a internet e podia ser monitorado de forma relativamente fácil. Depois vieram os dispositivos mobile. Agora, o desafio é muito maior. Não só há mais oportunidades para nossos filhos navegarem na web longe de nossos olhares atentos, mas também há mais perigos ocultos no mundo digital.

Isso torna o software de controle parental uma perspectiva cada vez mais necessária para pais e responsáveis. E embora os desenvolvedores de sistemas operacionais agora forneçam alguma funcionalidade nessa área, os conjuntos de recursos mais completos são oferecidos por soluções de terceiros projetadas por especialistas em segurança. As ferramentas corretas devem encontrar um equilíbrio entre melhorar a segurança de seus filhos e dar a eles a liberdade de explorar, aprender e socializar.

Por que usar um software de controle parental?

As crianças passam cada vez mais tempo em seus dispositivos. O tempo de tela para crianças nos Estados Unidos antes da pandemia era estimado em quase quatro horas por dia. De acordo com o mesmo relatório, esse tempo dobrou devido ao isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19. No entanto, a tecnologia foi fundamental para o dia a dia dos jovens durante a pandemia, já que muitos a utilizaram para fazer lições da escola, manter contato com os amigos e passar o tempo em seus sites e aplicativos favoritos. Goste ou não, a tecnologia continua sendo uma parte fundamental de suas vidas.

A chave para os pais é entender onde existem perigos e tentar minimizar a exposição de riscos para seus filhos. À primeira vista, há muito com o que se preocupar. Isso inclui:

  • Conteúdo inadequado. Isso pode incluir material explicitamente sexual, conteúdo sexista ou discriminatório, imagens/vídeos perturbadores ou violentos, sites de jogos de azar e até mesmo palavrões. O que você considera inadequado dependerá da idade e do nível de maturidade da criança.
  • Infelizmente, o bullying é uma realidade para muitas crianças. No entanto, o mundo on-line amplia o risco para muito além de sua rede imediata de amizades. Um estudo da União Europeia afirma que metade de todas as crianças sofreram algum tipo de bullying na internet em suas vidas.
  • As crianças podem conhecer a tecnologia e, desta forma, ter uma predisposição para confiar nas pessoas que conhecem on-line sem questionar. Infelizmente, alguns adultos estão dispostos a se aproveitar disso. Eles geralmente tentam construir confiança com suas vítimas se passando por alguém da mesma idade em redes sociais, aplicativos de mensagens, jogos e outros aplicativos.
  • Vazamentos acidentais de dados. Todos nós provavelmente já compartilhamos informações em excesso na internet. Mas nossos filhos muitas vezes têm um círculo de amizades digitais muito maior do que o nosso, o que significa que pode haver cibercriminosos procurando informações que possam ser usadas para algum crime. Até mesmo algo inofensivo, como o nome de um animal de estimação, o endereço de casa ou o fato de estarem de férias, pode ser usado em ataques digitais e no mundo real.
  • Roubo de identidade e golpes de phishing. Assim que seus filhos começarem a se cadastrar em redes sociais, aplicativos de mensagens e contas de e-mail, eles serão bombardeados por mensagens falsas projetadas para enganá-los e fazê-los fornecer informações pessoais e financeiras sensíveis, ou até mesmo instalar malware. Muitas dessas mensagens parecem convincentes. Algumas podem ser projetadas para atrair com promessas de prêmios.
  • Tempo excessivo de tela. Isso tem sido associado a problemas oculares, depressão, comer em excesso e outros problemas físicos em crianças. Talvez de forma mais óbvia, ficar grudado em uma tela significa que seus filhos não estão interagindo no mundo físico, o que pode prejudicar seu desenvolvimento emocional e social.

Qual software de controle parental devo escolher?

Existem muitas soluções no mercado que podem ajudar com alguns ou todos os desafios mencionados acima. Vale a pena investir em uma marca confiável, com um histórico comprovado nesse campo e no mercado de cibersegurança em geral. Considere os seguintes aspectos como um bom ponto de partida:

  • Softwares que permitem bloquear aplicativos inadequados para a idade ou controlar quais aplicativos eles podem acessar e por quanto tempo. Limites diários de tempo são uma boa ideia para minimizar o tempo excessivo de tela.
  • Relatórios de uso de aplicativos e da web ajudarão você a entender melhor onde seu filho passa o tempo on-line e podem ajudar a destacar sites/aplicativos que talvez precisem ser bloqueados posteriormente. Também deve sinalizar quaisquer aplicativos recém-instalados.
  • A navegação segura ajudará seu filho a navegar na web bloqueando o acesso a sites pré-categorizados como inadequados para a idade. Seria útil permitir que eles solicitem acesso a sites específicos, para que você possa lidar com isso considerando caso a caso.
  • Localizador e alertas de zona mostrarão a localização dos dispositivos do seu filho para ajudar a reduzir a ansiedade sobre onde eles estão caso esqueçam de enviar mensagens ou ligar para você. Outro recurso útil é a capacidade de criar "zonas" físicas, com notificações enviadas para o seu dispositivo quando seu filho entra ou sai delas.
  • Uma versão web de fácil utilização é a última peça do quebra-cabeça, permitindo que você configure, gerencie e ajuste o produto de forma fácil e contínua.

O diálogo é fundamental

Embora o software de controle parental possa protegê-los dos cantos mais sombrios da internet, ele não é uma solução milagrosa que transformará magicamente seu filho em um usuário responsável da internet. Nada pode substituir o valor obtido por meio de uma comunicação honesta e bidirecional com seus filhos. Não apenas diga a eles que você está instalando o software, explique por quê. Tenha um debate aberto sobre os perigos que você enxerga e estabeleça algumas regras juntos. Certifique-se de que eles se sintam ouvidos.

Melhor ainda, faça pausas tecnológicas de vez em quando. Também existe um mundo maravilhoso para seus filhos explorarem que não está na internet.