O Facebook anunciou em uma postagem no blog oficial da empresa que, em dezembro deste ano, irá lançar o desafio "Deepfake Detection Challenge (DFDC)", que deve estimular o desenvolvimento de uma tecnologia que seja capaz de combater o impacto das deepfakes.

Para isso, o Facebook lançará um banco de dados contendo rostos e vídeos, que será desenvolvido de forma consensual com as pessoas cujos rostos estarão dentro deste material. A fim de evitar qualquer especulação que possa ser gerada em torno dos dados que serão utilizados, considerando os inconvenientes com questões de privacidade que a empresa se envolveu no passado, o Facebook promete que não irá usar as informações dos usuários como parte deste banco de dados.

O material, que poderá ser baixado pelos participantes - que deverão aceitar as regras de uso destes dados antes de participar - será lançado juntamente com o desafio durante uma conferência sobre sistemas de processamento de informações neuronais que será realizada na cidade de Vancouver, Canadá, entre 8 e 14 de dezembro de 2019.

O Facebook disponibilizou US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) para este desafio global que se estenderá até março de 2020. A empresa recompensará quem desenvolver uma tecnologia que possa ser usada por qualquer usuário e que possa identificar algoritmos que usem Inteligência Artificial para criar vídeos modificados com o objetivo de enganar o usuário que assiste ao material produzido.

O vencedor será escolhido de acordo com vários testes que serão feitos à proposta enviada através dos quais será verificada a eficácia do modelo apresentado. Estes testes serão realizados não só pelo Facebook, mas também por outros colaboradores que também farão parte desta iniciativa, como Microsoft e acadêmicos da Cornell Tech, MIT, Universidade de Oxford, Universidade da Califórnia, Berkeley (UC), Universidade de Maryland, College Park e da Universidade de Albany.

Segundo o Facebook, o objetivo do Deepfake Detection Challenge é antecipar a criação de mecanismos de detecção de deepfakes e evitar a propagação de conteúdos modificados, considerando o rápido crescimento que estes conteúdos têm tido e a atual dificuldade em detectá-los.