Durante os últimos anos, vários portais de notícias alertaram sobre versões inadequadas de vídeos "infantis" que estão disponíveis no YouTube. Tratam-se de conteúdos com teor pornográficos e/ou violentos de personagens e séries populares como Peppa Pig, Bob Esponja, Frozen, entre outros. Apesar de não estaramos diante de um cenário de possível infecção, existe o risco de que as crianças acidentalmente se deparem com esses vídeos inapropriados.

Naturalmente, muitos estarão preocupados com a possibilidade de seus filhos darem de cara com vídeos infantis adulterados, por isso, daremos algumas dicas úteis para evitar esse tipo de situação.

1. Use aplicativos de controle dos pais

Essas ferramentas permitem que os pais controlem ou limitem o conteúdo web que uma criança pode ver no computador ou dispositivo móvel. Você pode restringir a instalação de aplicativos baixados da Internet, configurar o uso de determinados tipos de programas, estabelecer funções de usuário com diferentes permissões, bloquear determinados sites e registrar a atividade de determinado usuário.

O monitoramento das atividades on-line das crianças pode ser obtido através de regras e filtros que impedem o acesso a conteúdos inapropriados para sua idade. Por exemplo, você pode filtrar conteúdo relacionado com palavrões, pornografia ou serviços que envolvem despesas financeiras.

Não é necessário espiar ou invadir a privacidade das crianças, uma vez que o uso de ferramentas de controle parental simplesmente visa garantir que elas visitem e interajam com o conteúdo apropriado. O relacionamento de confiança e o diálogo aberto são essenciais para que as crianças possam aproveitar a experiência on-line. Se você quiser mais dicas, não perca esta lista de tarefas para proteger sua família na Internet.

2. Use o YouTube Kids para descartar conteúdos inapropriados

O YouTube Kids é um aplicativo gratuito do Google projetado para que as crianças possam aproveitar vídeos, canais e listas de reprodução seguras para sua idade.

A página funciona de forma muito semelhante ao YouTube, como todos o conhecemos, com a diferença de que, antes da primeira utilização, os pais devem configurá-lo para personalizar o conteúdo que será exibido. Por exemplo, você pode desativar a possibilidade das crianças pesquisem através do seu perfil ou configurar um cronômetro, estabelecendo um tempo máximo para o uso do aplicativo.

Além disso, no YouTube, você pode habilitar o "modo restrito", que permite filtrar conteúdos inapropriados em diferentes dispositivos.

Esta medida pode ser complementada com a criação de perfis exclusivos para crianças, com menos permissões e aplicativos e, por exemplo, um navegador web com uma página segura por padrão. Assim como o Bunis.org, um buscador para crianças que filtra as pesquisas feitas para não mostrar qualquer tipo de conteúdo ofensivo.

3. Não deixe-os sozinhos com o dispositivo

Destacamos a importância de que, no caso de haver um computador de uso compartilhado, esteja em um lugar comum que os adultos possam acessar para ver o que está acontecendo e monitorar os tempos de conexão.

É claro que é mais difícil monitorar o uso da Internet quando as crianças têm seu próprio dispositivo móvel e o usam de forma particular, mas o dever dos pais responsáveis ​​é acompanhá-los em cada momento de sua experiência on-line.

Quando o tablet ou o smartphone são entregues para que eles possam ser entretidos e os adultos possam continuar com suas atividades, existe a possibilidade de que as crianças acessem esses vídeos inapropriados ou qualquer outro conteúdo do mesmo tipo.

Se não for possível acompanha-los todos os dias, é fundamental, pelo menos, verificar com certa frequência o que acontece quando estão sozinhos usando a Internet. Foi dessa forma que a jornalista da New York Magazine, Laura June, percebeu que algo estava errado enquanto sua filha de três anos assistia um vídeo da Peppa Pig, no qual a porquinha "gritou e chorou muito". A animação, disse ela, parecia com a Peppa Pig, o suficiente para que sua filha pensasse que era a personagem e para assistir o vídeo inapropriado, no qual "um dentista sádico" aparecia.

Muitos desses vídeos foram destinados a adultos que compartilham esse senso de humor e, portanto, exibem uma mensagem de aviso indicando que o conteúdo não é adequado para menores de idade. No entanto, as crianças nem sempre percebem isso.

A tela do PC, smartphone ou tablet é o canal de entretenimento por excelência para as crianças, que acessam a web procurando material atraente para se divertir e aprender. Como sempre dizemos, não devemos negar o acesso às tecnologias, mas acompanhá-los nessas atividades e estebelecer uma relação de confiança para que entendam quais cuidados devem tomar.

Leia também: Guia para pais de proteção infantil na Internet.