As facilidades trazidas por dispositivos móveis carregam consigo alguns riscos, e isso se torna ainda mais preocupante quando estes riscos ameaçam diretamente as crianças e adolescentes que os utilizam. É crucial aos pais e responsáveis saber de que forma esses riscos podem ocorrer para que seja possível evitá-los, tornando cada vez mais seguro o acesso de seus filhos à Internet.

Abaixo estão listadas algumas das principais formas usadas por cibercriminosos para se aproximar de crianças através da Internet e dicas que podem evitar que isso ocorra.

#Jogos

Alguns pais não se importam com jogos no celular por diversos motivos, mas é sempre importante saber de quais jogos os seus filhos gostam. Alguns dos jogos mais famosos, tanto para celulares quanto para computadores funcionam de forma on-line, ou seja, permitem que seu filho tenha contato com outros jogadores dentro do jogo.

Lista com alguns dos jogos on-line mais baixados para Android.

Um dos principais enganos que alguns pais cometem é o de supor que, como vários desses jogos possuem temas infantis, todo seu público será composto de pessoas da mesma faixa etária de seus filhos. No entanto, não é possível assegurar a faixa etária dos jogadores. Mesmo que um controle seja feito por parte do fabricante do jogo no momento da criação do perfil do jogador, não há como assegurar que ele seja quem diz ser.

Se aproveitando dessa característica muitos criminosos entram nos jogos e começam a interagir, falam e se comportam como crianças, dão atenção, presentes (que geralmente são itens dentro do jogo ou vantagens que fazem com que o jogo se torne mais fácil) entre outros artifícios para ganhar a confiança de suas vítimas e iniciar um contato fora do jogo. Geralmente o contato posterior acontece por aplicativos de troca de mensagens, redes sociais e até e-mails.

#Redes Sociais e E-mails

Caso a primeira abordagem seja através de redes sociais e e-mails, ela geralmente ocorre de forma diferente, os criminosos se apresentam como amigos, ou amigos de amigos, recrutadores de agência de modelos ou algum outro tipo de pessoa ligada aos assuntos de interesse que a criança possui.

Para obter informações sobre os assuntos de interesse das crianças, os criminosos costumam procurar os dados públicos disponíveis nas redes sociais. Após terem certa confiança das crianças, eles geralmente começam a introduzir temas de cunho sexual às conversas para que possam alcançar seus objetivos.

Como proteger seus filhos

Uma série de medidas podem ser adotadas para ajudar a manter os cibercriminosos longe de seus filhos. Abaixo estão listadas algumas das principais que irão auxiliá-los na hora de proteger seus filhos. É importante lembrar que, para que as proteções sejam mais eficientes, devem abranger todos os dispositivos que permitam que a criança ou adolescente tenha acesso à Internet.

  • Ter acesso completo aos dispositivos

Saber a senha de acesso ao dispositivo para verificá-lo sempre que necessário. Deixar a criança ciente de que apesar das facilidades, o dispositivo traz riscos e a supervisão dos familiares é sempre algo necessário, não deixando de respeitar a privacidade.

  • Controlar o acesso às páginas web

É importante manter vigilância constante sobre o tipo de conteúdo acessado por seus filhos, monitorar as páginas acessadas e bloqueá-las quando necessário. É possível fazer este controle manualmente ou através de aplicativos. Bloquear o acesso a conteúdos maliciosos não só proporciona mais tempo para acesso a conteúdos produtivos como também diminui as chances de infecção por malware.

  • Uso adequado de redes sociais

Perguntar periodicamente aos filhos sobre os tipos de interação que eles mantêm nas redes sociais e sobre suas configurações de privacidade do perfil, salientando a importância de ter apenas pessoas que eles realmente conheçam adicionadas em suas redes.

Essa medida previne que pessoas mal intencionadas obtenham informações pessoais e, além disso, inibe conversas de pessoas alheias ao circulo social.

  • Acesso a aplicativos e programas

Saber todos os aplicativos instalados no smartphone/tablet e buscar informações se aquele aplicativo possui funções que podem apresentar riscos, como envio de fotos e arquivos ou a comunicação com outros usuários desse aplicativo. Esta medida ajuda a ponderar o nível de risco que seu filho está exposto.

  • Restrição de tempo de uso

Estabelecer horários em que o uso do smartphone será permitido, ou definir um limite de tempo para aplicativos específicos, como jogos e chats. Isso permitirá que a criança tenha mais tempo para se dedicar a outras atividades.

  • Converse com seus filhos

Muitas vezes os filhos não entendem que o mundo virtual é tão perigoso e nocivo quanto o mundo real. Cabe aos pais e responsáveis explicar a eles estes conceitos e esclarecer sobre os tipos de ameaças. Isso os tornará mais atentos e os ajudará a reconhecer de forma mais rápida caso algo inadequado venha a acontecer.

Confira também o nosso Guia para Pais e saiba mais sobre o assunto: