Dando continuidade as ações para melhorar a segurança do aplicativo, nesta segunda-feira (21), o WhatsApp adicionará criptografia ao seu serviço de videochamadas. A nova funcionalidade foi projetada para competir com outros populares serviços de chamadas de vídeo, como o Skype ou FaceTime.

Em entrevista à agência de notícias britânica, Reuters, Jan Koum, CEO e cofundador do WhatsApp disse: “Obviamente tentamos estar à altura do que nossos usuários querem. Estamos focados em garantir que voz e vídeo funcionem bem, inclusive nos telefones de baixo custo”.

O fato de que criptografem as videochamadas pode dar aos usuários ao redor do mundo a segurança de que suas conversas continuarão sendo privadas, considerando que este é o mais recente esforço da empresa para fazer do WhatsApp um dos aplicativos mais seguros.

Exatamente foi isso que fez Michael Aguilar na semana passada, ao analisar a segurança e privacidade de três aplicativos de serviços de mensagens móvel, entre eles, o WhatsApp. “Uma das características a favor é que as mensagens não são armazenadas nem nos servidores da plataforma, nem nos da empresa, o que é muito reconfortante quando se tem em conta que estamos na era do vazamento de dados e que é muito importante sermos responsáveis por nossa própria informação”, concluiu em sua análise.

Desta forma, as videochamadas continuam como as conversas de texto e as chamadas apenas de áudio, que já contam com a criptografia de ponta a ponta. No momento de implementar as mensagens, a empresa justificou sua decisão: A ideia é simples: quando uma mensagem é enviada, a única pessoa que pode lê-la é a pessoa ou grupo para quem foi enviada. Ninguém pode ver o conteúdo da mensagem. Nem os cibercriminosos. Nem os atacantes. Nem os regimes opressivos. Nem mesmo nós”.

No entanto, nem tudo é perfeito: nas notícias relacionadas, uma pesquisa sobre a decisão do WhatsApp de compartilhar dados com o Facebook, realizada pelo Escritório do Comissariado de Informação (ICO, na sigla em inglês) falou que a informação pessoal não é gerenciada de forma apropriada.

“Eu tinha a preocupação de que os consumidores não estavam sendo devidamente protegidos, e é justo dizer que os inquéritos que minha equipe fez não mudaram essa visão", ressaltou a chefe do Comissariado de Informação do Reino Unido, Elizabeth Denham.

E concluiu: “Não acho que os usuários tenham recebido informações suficientes sobre o que o Facebook planeja fazer com suas informações, e não que o WhatsApp tem o consentimento válido dos usuários para compartilhar as informações”.