Na semana passada, recebemos em nosso laboratório um falso e-mail referente a uma importante empresa de telefonia celular, avisando sobre a chegada de uma suposta mensagem multimídia (MMS), que tem como objetivo fazer o usuário baixar um malware. Como podemos observar na imagem, esta campanha está direcionada a usuários chilenos, como indica o sufixo do link “.cl”.

O falso e-mail contém um link que redireciona o usuário ao suposto portal da empresa para poder acessar uma mensagem multimídia. Acessando o referido link, é baixado um arquivo executável com o nome DownloadMMS.exe, que é detectado pelo ESET NOD32 Antivirus sob a assinatura de worm Win32/Dorkbot.B. A principal suspeita disto é que em nenhum momento o e-mail menciona que se deve baixar um software para acessar a mensagem recebida. Inclusive deixa claro que em 10 dias a suposta mensagem será apagada.

Uma vez baixado o arquivo, é possível observar que a ameaça possui um ícone que corresponde a um arquivo multimídia para enganar o usuário, fazendo com que tente abri-lo, quando, na verdade, se trata de um executável (extensão .exe). Caso seja executado, o sistema do usuário será infectado pelo Dorkbot, e o computador do usuário passará a ser um computador zumbi da conhecida botnet.

Está mais do que claro que o Dorkbot continua evoluindo em diferentes níveis. Pontualmente, a ameaça em si foi modificada com a finalidade de dificultar a detecção por parte do software antivírus. O mesmo ocorre com as campanhas que são utilizadas para propagar este malware, as quais se modificam constantemente e miram em diferentes tipos de usuários em diferentes países. Além disso, cada variante pode conter um anexo diferente, sendo neste caso o arquivo com ícone de multimídia.

É fundamental que o usuário esteja consciente de que essas campanhas são cada vez mais frequentes e existem diferentes meios de propagação, desde e-mails falsos até sites de phishing. É por isso que é recomendável que o usuário esteja consciente da existência desse tipo de e-mail e saiba como identifica-lo. Como recomendação adicional, nunca se deve acessar um link que não provenha de um site de confiança, assim como também se deve ter cuidado especial com os links encurtados, que são moeda corrente nas redes sociais.

Finalmente, recomendamos ao usuário contar com um software antivírus com capacidade de detecção proativa para estar protegido diante desse tipo de ameaça que evolui constantemente.

Fernando Catoira
Analista de Segurança