Períodos de alto consumo, como a Black Friday e as festas de fim de ano, são especialmente favoráveis para esse tipo de golpe. A pressa em aproveitar descontos, somada à confiança em marcas conhecidas, cria o cenário ideal para a ação de golpistas. Usando táticas de engenharia social, eles exploram o senso de urgência com "ofertas-relâmpago", contadores regressivos e mensagens de "últimas unidades", incentivando decisões impulsivas sem a devida checagem de segurança.
Golpes envolvem páginas falsas da Havan e da Shopee
Foram identificadas duas campanhas fraudulentas que simulam os sites oficiais da Havan e da Shopee, com visual idêntico ao das marcas originais. Este tipo de golpe costuma suar links de páginas falsas que são disseminados via anúncios do Google, redes sociais, plataformas de mensagens como whatsapp e telegram, e-mail e até mesmo SMS.
Nessas páginas que encontramos, os produtos aparecem com descontos de até 70% e, ao tentar concluir a compra, o consumidor é direcionado a checkouts falsos que aceitam apenas pagamentos via Pix. Além disso, as duas campanhas utilizam a Black Friday, principalmente na criação das URLs falsas, como isca para fazer as novas vítimas.
No caso da Shopee, o golpe solicita dados pessoais antes de liberar a compra e reforça a pressão com cronômetros e mensagens de urgência, destacando também que são as últimas unidades dos itens e reforça a mensagem de que o Pix "processa mais rápido", induzindo a decisão impulsiva. Sem falar que todos os produtos contam com descontos idênticos e avaliações genéricas. Resultado: o valor é desviado, a confirmação nunca chega e o consumidor fica sem o produto.
Já na página que imita a Havan, os criminosos anunciam um kit de "42 peças de recipientes herméticos" com desconto adicional no Pix, repetindo o mesmo padrão de coleta de informações e desvio de valores. Além disso, assim como no caso da Shoppe, são roubados dados como nome completo, email e o número do celular das vítimas. Em ambos os casos, não há outras opções de pagamento - um forte indicativo de fraude.
Como se proteger
Algumas ações podem ser úteis na hora de verificar a legitimidade de ofertas e evitar cair em armadilhas online:
- Digite o endereço oficial da loja diretamente no navegador ou acesse pelo aplicativo.
- Não clique em links de anúncios, mensagens ou redes sociais.
- Compare preços no site ou app oficial e desconfie de descontos exagerados, especialmente acima de 70%.
- Prefira meios de pagamento que ofereçam proteção ao comprador dentro do aplicativo da marca.
- Evite informar CPF e dados pessoais em páginas que não pertençam ao domínio oficial.
- Desconfie de sites que aceitam apenas Pix como forma de pagamento.
O que fazer se for vítima
Se for vítima, aja rápido para aumentar as chances de reverter o prejuízo e registrar o crime:
- Contate o banco o quanto antes e solicite o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter o Pix.
- Registre um boletim de ocorrência e reúna evidências como prints, e-mails e URLs.
- Avise a empresa falsamente usada no golpe e denuncie o domínio aos provedores e navegadores.
- Compartilhe o alerta com amigos e familiares para evitar que outras pessoas caiam na mesma armadilha.
- A melhor forma de se proteger continua sendo a informação. Diante de uma oferta que parece boa demais para ser verdade, pare e verifique: confirme a URL, desconfie da pressa e compre apenas pelos canais oficiais.




